Aproveitando o sexo novamente

Como aproveitar o sexo novamente após perder o desejo

Saiba como entender a diminuição do desejo sexual

Muito mais comum do que se pensa, há várias queixas relacionadas à falta de desejo sexual; muito mais comum entre mulheres, na mesma proporção em que há pesquisa mais farta nesse campo relacionada ao feminino, é algo que pode atingir também a população masculina.

 

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Entendendo o desejo sexual

O desejo sexual hipoativo é uma das disfunções sexuais mais verificadas em consultórios de sexologia. Para compreender o que isso significa, primeiro precisamos compreender o que significa desejo sexual.

O desejo se caracteriza por um conjunto de comportamentos, cognições, fantasias e reações afetivas precedentes ao ato sexual. A hipoatividade do desejo seria, então, a ausência ou diminuição do desejo de atividade sexual e de fantasias sexuais, de forma persistente e recorrente.

É importante lembrar que uma vida sexual ativa é fator fundamental para uma boa qualidade de vida. Portanto, é importante cuidar.

Mas o que fazer diante de uma realidade insatisfatória? A primeira questão é compreender os mitos e tabus que envolvem a questão.

 

O mito da eterna disposição sexual masculina

Em primeiro lugar, é importante compreender a sexualidade como uma questão ampla, que vai muito além de fatores físicos, mas que envolve questões psicoemocionais, afetivas e sociais.

Nessa perspectiva, é preciso considerar que durante séculos vivemos numa cultura onde se falar sobre sexo era tabu e onde os papéis sociais do masculino e do femino eram considerados predefinidos.

Nesse contexto, a chamada virilidade masculina consistiria, dentre outras coisas, em uma concepção de eterna disposição sexual dos homens; o que, de acordo com pesquisas, não é possível. Um exemplo disso, é mesma porcentagem de homens e mulheres que buscam tratamento para a falta de desejo sexual.

Uma possível explicação para isso poderia ser a de que os homens tendem a buscar tratamento quando sentem que o problema sexual afeta a ereção. Ou seja, queixam disfunção erétil quando, na realidade, apresentam transtorno do desejo.

Ou seja, é importante compreender que a falta de apetite sexual pode afetar todas pessoas, apesar de o maior número de queixas e pesquisas serem relacionadas às mulheres.

Como já abordei em outros artigos, a disfunção sexual pode ser de origem psicogênica, orgânica ou uma combinação de distúrbios orgânicos e psicológicos. No entanto, ao contrário da disfunção sexual masculina, onde a maioria dos casos é considerada predominantemente orgânica, as investigações apontam para uma situação inversa nas mulheres, sendo que, a maioria das disfunções sexuais femininas são consideradas não físicas.

De todo modo, é importante verificar que a insatisfação na vida sexual tem causas variadas, que vão além dos mitos e de questões relativas exclusivamente ao corpo.

 

A partir de qual ângulo é necessário observar a questão?

A verdade é que a prática sexual e uma vida sexual saudável englobam multifatores, e para conseguir responder à questão proposta pelo título deste artigo, é preciso compreender o que veio antes do problema. Em qual contexto se insere a atual insatisfação. É preciso mesmo compreender se já houve tal satisfação, se é algo repentino; se existe uma idealização da satisfação sexual que gera expectativas inalcançáveis; se há traumas, questões de saúde física ou emocional.

Enfim, uma série de questões que merecem reflexão e exigem investigação e autoconhecimento.

 

A questão cultural e caminhos possíveis

Precisamos pensar no mundo em que vivemos hoje. Temos nos comunicado mais, com mais frequência. Aliás, tudo está muito acelerado. Falamos mais sobre sexo, de modo que muitas vezes chega a transparecer que a maioria das pessoas vive uma vida sexual ativa e plenamente satisfatória. E isso não se restringe à sexualidade, o mundo das redes sociais, onde o recorte da vida é muitas vezes pautado por fotos de momentos felizes e mensagens positivas leva a uma falsa ideia de que essa representação da realidade seja a própria realidade.

Diante disso, a pessoa que se encontra num momento infeliz de sua vida ou num momento de insatisfação sexual, tende a se sentir isolada, como uma exceção à regra. Pode sentir vergonha de falar sobre assunto, e mais, pode ter dificuldade em reconhecer essa insatisfação, principalmente no caso dos homens, que vivem sob a pressão do mito do eterno desejo sexual.

O primeiro passo, portanto, é reconhecer essa condição de insatisfação e buscar ajuda. Superar o sentimento de isolamento e perceber o fato como algo natural, que pode atingir qualquer pessoa, inclusive pessoas física e emocionalmente saudáveis. E como uma vida sexual saudável faz parte do bem-estar como um todo, admitir que é algo que merece atenção e dedicação para ser solucionado, como qualquer quadro de saúde.

Já falei mais sobre a queda na libido e algumas maneiras de aumenta-la no texto: Conheça 10 maneiras de aumentar o desejo sexual, clique aqui para ler.

A terapia é uma estratégia eficaz para aumentar a baixa libido.

O aconselhamento individual pode ajudar a abordar visões negativas sobre sexo, autoestima e causas secundárias de baixa libido, como depressão e ansiedade.

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