Por que falar mais sobre sexo?
Por que você devia conversar mais sobre sexo:
Entenda como conversar mais sobre assunto pode transformar sua relação
Embora os problemas financeiros pesem muito na balança, questões relacionadas ao sexo e a sexualidade são responsáveis por grande parte dos casamentos em colapso. Uma das evidências disso, é que “problemas com o sexo” é o tema mais discutido nos fóruns de relacionamento online.
Mas por que será que é mais fácil conversar com um estranho sobre os problemas sexuais, do que abordá-los com o próprio parceiro?
Para responder a isso é preciso ter em mente que cada casal se comunica de uma forma diferente, com base em histórias e construções diferentes. E por isso, nem sempre a conversa deve acontecer no quarto, ela pode inclusive acontecer no tempo livre.
Independentemente da relação ou da forma como cada parceiro se sente à vontade para falar, conversar sobre a vida sexual é importante para a satisfação dos parceiros.
Para facilitar esse contato, vale apena apostar em algumas estratégias:
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Quando é o momento certo para falar sobre problemas na hora H?
- É bom não falar sobe problemas sexuais no quarto ou na hora de dormir. Os parceiros devem escolher um lugar mais “neutro”. Além disso, é bom verificar se os filhos ou outras pessoas não estão ouvindo!
- Não se deve julgar a performance logo após fazer sexo. Mais uma vez, é preciso escolher um momento mais “neutro”.
- Não deixar o parceiro de lado. Se há algum tipo de incompatibilidade sexual é preciso contar ao parceiro delicadamente, sem julgamento ou culpa.
Como falar sobre os problemas?
Existem algumas etapas que quando seguidas facilitam as conversas para ambos os parceiros:
Começar devagar
É preciso tocar no assunto de forma suave, com o objetivo de se aproximar e se conectar com o cônjuge. A conversa não deve caminhar para o lado da culpa ou crítica, e sim, se concentrar nas ações necessárias para transformar a vida sexual.
Foco na intimidade
O afeto e a intimidade são tão importantes quanto a frequência sexual e devem ser lembrados durante a conversa. Existem maneiras de criar intimidade e de se sentir mais conectado além da relação sexual, por isso o casal não deve esquecer de dizer o que incomoda além da cama.
Evitar surpresas
Se o homem ou a mulher quer evitar mais problemas em sua vida sexual, não é uma boa ideia comprar livros de aconselhamento ou brinquedos sexuais sem discutir a questão com o parceiro anteriormente. É importante que os dois estejam de acordo e na mesma sintonia.
Se durante uma conversa sobre fantasias e desejos uma ideia como essa surgir, é preciso conversar sobre ela e pesquisar sobre o assunto juntos.
Se expressar
É importante que o casal converse frequentemente e de forma honesta sobre suas expectativas, medos, desejos e preocupações. É fundamental falar sobre os sentimentos mais íntimos, mesmo que não estejam relacionados ao sexo.
Dentro de uma relação saudável não há espaço para o medo ou julgamentos. Cada um deve se sentir livre para falar sobre o que gosta ou não.
Além disso, o diálogo deve ser contínuo e de preferência não muito longo. Não é necessária uma reunião de 2 horas: pequenos bate-papos de 15 minutos são suficientes.
Entender o estilo de cada um
Todos os casais desenvolvem o seu próprio jeito de se relacionar, que, inclusive, muda com o tempo. Mas como já diz o ditado: Vale tudo entre 4 paredes!
Explorar os mais diferentes “estilos sexuais” pode ser divertido e ajudar o casal a superar os desafios. Mas é importante que cada um saiba reconhecer a melhor forma de lidar com o parceiro e os limites da relação.
Entre os tipos mais comuns de conexão sexual, temos:
Espiritual: É uma união de mente, corpo e alma que reflete sua profunda apreciação de estar um com o outro. Pode ser criado observando os pequenos momentos da vida.
Engraçado: Esse estilo é quando se pode rir e se provocar na cama. É sobre se divertir juntos. Há um tom leve e brincalhão no envolvimento sexual.
Passional: Fazer amor mesmo quando irritado. Esse estilo pode ser apaziguador. No entanto, é preciso se certificar de que os problemas sejam discutidos e resolvidos.
Arrebatador: Esse estilo é sagaz e sedutor. Pode ser traduzido em ficar se olhando sedutoramente por horas ou tentar uma “rapidinha” em ambientes mais ousados. É também sobre a satisfação de fazer sexo apenas pelo prazer físico.
Suave: Esse estilo é o sexo suave e romântico, que envolve massagens, toques leves e a troca de carinho. Ambos gostam das sensações e se concentram em dar prazer um ao outro.
Fantasia: O estilo de fantasia é uma colaboração entre os parceiros para ousar e variar um pouco. É preciso ter cuidado ao compartilhar as fantasias sexuais e por isso, ambos precisam definir diretrizes e respeitar os limites um do outro.
Como o terapeuta sexual pode facilitar as coisas?
O mais importante dentro dessa discussão é entender que um bom relacionamento é feito de muito diálogo e compreensão. Afinal, ninguém nasce um bom amante, mas todos podem ficar bons!
Se você realmente deseja que seu relacionamento sexual atinja todo o seu potencial, reserve um tempo para conversar com o seu parceiro (a).
A comunicação é uma parte importante da construção de um ótimo sexo.
Essa conversa é necessária para todos os casais – sejam vocês namorados, recém-casados ou de longa data. Ter uma vida sexual saudável é um grande presente que deve ser desfrutado e nutrido. É o que torna um relacionamento especial – mais do que um relacionamento amigável.
Além das dicas acima, existem diversas opções de tratamentos e acompanhamentos para ajudar o casal a dialogar sobre sexo. Mas eles devem ser guiados pelo terapeuta sexual.
Não importa qual seja o motivo que leve o casal a desejar uma vida sexual mais gratificante, é importante conversar e procurar alternativas. Todo relacionamento exige foco e dedicação.
Doutor Max é atualmente Médico no Hospital da Unimed e Hospital das Clínicas da UFMG, na Especialidade de Urologia.
É Membro Titular da Sociedade Brasileira de Urologia (TiSBU), além de ser filiado a Sociedade Latino-americana de Medicina Sexual (SLAMS) e a Sociedade Brasileira de Sexualidade Humana (SBRASH).
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