Influência da testosterona na saúde
O que você precisa saber sobre a testosterona e como ela pode influenciar sua saúde:
A testosterona é importante para as mudanças físicas que ocorrem durante a puberdade masculina e é responsável por características típicas, como pelos faciais e corporais.
Existe uma conexão popular entre a testosterona e a violência, a melhora do desempenho esportivo, aumento da libido e um bom envelhecimento. Mas quantas pessoas realmente entendem o que é a testosterona, o que ela faz e por que é tão importante?
Os níveis de testosterona são cerca de 10 vezes maiores nos homens do que nas mulheres. Embora tenha funções fisiológicas importantes no organismo feminino, seu papel é bem diferente; portanto, este artigo se concentrará no efeito da testosterona sobre os homens.
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Testosterona e o desenvolvimento masculino
A testosterona é o mais importante dos hormônios sexuais masculinos, sendo necessária para a função reprodutiva e sexual. Os hormônios funcionam como mensageiros químicos, produzidos por glândulas e transportados no sangue para atuar em vários órgãos.
Esse hormônio específico é importante para as alterações físicas que ocorrem durante a puberdade masculina, como o desenvolvimento do pênis e testículos, e para características típicas de homens adultos, como pelos faciais e corporais, além de sua atuação na produção de esperma.
A testosterona também é importante para uma boa saúde de forma geral, pois auxilia no crescimento dos ossos, músculos, influencia o humor, a libido (desejo sexual) e certos aspectos da capacidade mental.
O hormônio está presente no corpo desde os estágios iniciais da vida fetal até a velhice. No estágio inicial de desenvolvimento, ajuda o feto a desenvolver um corpo masculino e o cérebro.
Variação hormonal
É natural que, com o passar da idade e o processo de envelhecimento, o nível de testosterona diminua progressivamente. A queda acentuada de testosterona que gera sintomas passou a ser chamada de andropausa, em uma analogia com a menopausa das mulheres, apesar de não guardar muitas semelhanças.
Ao contrário do que acontece com elas – todas passarão pela menopausa –, nem todos os homens terão redução significativa nos níveis de testosterona acompanhada por sintomas como dificuldade de ereção, cansaço, insônia e acúmulo de gordura. Quando ela acontece, em cerca de 15% dos homens, é de maneira lenta e gradual. O nome científico da andropausa é hipogonadismo masculino tardio.
Aos 20 e 30 anos são registrados os maiores níveis de testosterona no organismo masculino, porém, a medida que os homens envelhecem, a maioria apresenta queda de 1% a 2% ao ano em sua produção. Em geral, grande parte da queda nos níveis de testosterona em homens mais velhos se deve a condições crônicas, como obesidade e diabetes.
Se os homens permanecerem bastante saudáveis até a velhice, seus níveis de testosterona poderão permanecer os mesmos de quando eram mais jovens.
Consequências da queda de testosterona
A queda da testosterona é geralmente causada por distúrbios genéticos, como a síndrome de Klinefelter (distúrbio cromossômico que leva a uma piora na função testicular), danos aos testículos, ou ainda, em casos raros, devido à ausência de certos hormônios complementares produzidos pelo cérebro.
Calcula-se que cerca de 1 em cada 200 homens abaixo dos 60 anos possam sofrer com baixos níveis de testosterona.
Essa variação pode resultar em diferentes efeitos conforme a idade. Em crianças e adolescentes, pode significar uma deficiência no crescimento dos testículos e do pênis, baixo desenvolvimento dos músculos, pelos pubianos e faciais. Meninos com baixos níveis hormonais podem ser mais altos e sua voz pode não ser tão grave quanto as outras crianças com níveis hormonais regulares.
Nos adultos, a variação da testosterona pode ocasionar diminuição na disposição, alterações de humor, irritabilidade, baixa concentração, força muscular reduzida, alterações na distribuição da gordura corporal e baixo desejo sexual.
É importante consultar um médico urologista para saber sobre todos os efeitos colaterais ocasionados pela variação hormonal.
Pesquisas sugerem que homens com baixa testosterona podem ter um risco maior de doenças crônicas, como derrames e doenças cardíacas. Homens mais velhos com baixo nível de testosterona também possuem ossos mais finos, o que aumenta o risco de fraturas.
Excesso de testosterona também pode causar problemas. Embora as pessoas associem o hormônio à agressividade, isso não ocorreu durante as pesquisas. Em vez disso, estudos mostram que os níveis de testosterona estão associados a características bastante diferentes, como cuidados e empatia.
Suplementação de testosterona
A longevidade é maior para aqueles homens com níveis de testosterona na faixa intermediária – nem muito alto nem muito baixo – e pesquisas recentes apoiam a ideia de que é melhor evitar os extremos.
Para homens com um diagnóstico clínico de baixa testosterona, a terapia de reposição hormonal pode trazer equilíbrio ao organismo e ajudar manter uma boa saúde, desde que indicada por um especialista em urologia. Nas crianças, essa opção terapêutica pode restaurar o desenvolvimento sexual.
Mas em homens com níveis normais de testosterona, tomar suplementos hormonais pode ser perigoso. Tomar testosterona pode levar a uma redução no tamanho dos testículos e dificultar, ou até mesmo impedir, a produção de espermatozoides.
Não há evidências sobre os “benefícios” de suplementar o hormônio da testosterona durante a terceira idade, exceto para pacientes clinicamente diagnosticados com baixo nível hormonal por um médico urologista.
É importante que diante de mudanças no organismo o paciente procure por ajuda médica e conte com um profissional especialista para identificar as razões e os possíveis tratamentos para suas queixas.
Doutor Max é atualmente Médico no Hospital da Unimed e Hospital das Clínicas da UFMG, na Especialidade de Urologia.
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