Riscos e benefícios de medicamentos para ereção

Conheça os riscos e benefícios do medicamento para ereção

Saiba como é o funcionamento e os possíveis efeitos colaterais de um dos mais controversos medicamentos

Homem com pílula azul nas mãos

O Viagra é um dos medicamentos mais polêmicos e amplamente discutidos no mercado durante os  últimos 30 anos. As pessoas normalmente utilizam o Viagra para tratar disfunção erétil.

Seu funcionamento se dá através do relaxamento dos músculos das paredes dos vasos sanguíneos, em determinadas áreas do corpo. Na maioria dos casos, o medicamento mostrou-se eficaz e mudou a vida das pessoas para melhor.

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Como surgiu?

Viagra é o nome comercial do composto chamado citrato de sildenafil, utilizado no tratamento de disfunção erétil e hipertensão arterial pulmonar.

Originalmente desenvolvido por cientistas no Reino Unido, foi trazido para o mercado pela Pfizer Inc., uma empresa farmacêutica nos Estados Unidos.

Inicialmente, o medicamento foi projetado por cientistas no Reino Unido que, originalmente, estudavam a criação de um medicamento para tratar hipertensão, ou pressão alta, e angina pectoris, um sintoma de doença cardíaca isquêmica.

Durante os ensaios da fase 1, observou-se que a droga fez muito pouco para prevenir a angina, mas induziu ereções penianas consideráveis. Ao chegar ao mercado em 1998, o Viagra se tornou o primeiro tratamento oral aprovado para tratar a disfunção erétil nos EUA.

O uso de Viagra em indivíduos sem disfunção erétil não parece ter qualquer efeito, embora, exista um efeito placebo significativo. Em uma nota dos pesquisadores, o medicamento não traz nenhum benefício à mulheres que tomam a droga.

Viagra também é vendido sob a marca Revatio.

 

É seguro?

Homem destacando uma pílula da Cartela de Viagra

Quando prescrito e utilizado com moderação, é um medicamento seguro e eficaz. No entanto, tomá-lo indiscriminadamente pode causar uma série de efeitos adversos.

De acordo com os resultados dos ensaios clínicos, os efeitos colaterais mais comuns incluem:

  • dores de cabeça
  • congestão nasal
  • visão prejudicada
  • fotofobia ou sensibilidade à luz
  • indigestão

Menos comumente, alguns usuários experimentaram cianopsia, onde tudo parece assumir uma tonalidade azulada.Em casos muito raros, o uso do Viagra pode levar a neuropatia óptica isquêmica ou causar dano ao nervo óptico.Outros efeitos colaterais podem ser:

  • raramente, priapismo – ereção dolorosa e duradoura
  • ataque cardíaco
  • perda auditiva súbita
  • aumento da pressão intra-ocular
  • arritmias ventriculares

O Viagra pode diminuir o suprimento de sangue para o nervo óptico, causando perda súbita da visão. Este efeito colateral muito raro ocorre principalmente em pacientes acometidos por doenças cardíacas, hipertensão, diabetes, colesterol alto ou problemas oculares preexistentes. A ligação entre a perda da visão e o Viagra é ainda desconhecida.

Contra-indicações

A automedicação deve ser evitada, assim como os seguintes perfis devem consultar o médico antes de utilizar a medicação:

  • homens que apresentam sintomas e risco cardiovascular
  • pessoas com insuficiência hepática grave
  • pessoas com doença renal
  • indivíduos com pressão arterial baixa (hipotensão)
  • aqueles que tiveram um ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral recentemente
  • indivíduos com distúrbios da retina hereditários

Efeitos

Médico entregando uma pílula azul de Viagra para paciente

O Viagra pode auxiliar pacientes que não conseguem estabelecer ou manter uma ereção por tempo suficiente, e sofrem com a disfunção erétil.

O medicamento promove melhora da resposta erétil quando o homem já está sexualmente estimulado, pois a medicação não promove excitação sexual.

Quando a estimulação sexual ocorre, óxido nítrico é liberado pelo sistema nervoso no tecido erétil do pênis. O óxido nítrico estimula uma enzima que produz monofosfato de guanosina cíclica, que funciona como um mensageiro (cGMP).

O cGMP faz com que as artérias do pênis se dilatem, de modo que as artérias e o tecido erétil se completem de sangue, resultando assim, numa ereção.

O Viagra evita que o GMPc se degrade, e assim, o fluxo sanguíneo e a ereção podem continuar.

Quando o homem não tem disfunção erétil mas utiliza o Viagra

Homem triste sentado a beira da cama com as mãos na cabeça

O Viagra é destinado ao tratamento da disfunção erétil, portanto, não deve ser usado por aqueles que não apresentam problemas de ereção.

O medicamento não deve ser utilizado como estimulante ou para melhorar o desempenho sexual, pois isso pode ser contraproducente. Ao tomar Viagra para melhorar a duração e força da ereção, o homem pode acabar desenvolvendo dificuldades para obter uma ereção quando não fizer uso da substância.

Em muitos casos, os pacientes desenvolvem dependência emocional do medicamento, e passam a não se sentirem mais seguros sem a droga.

Já abordei sobre isso no artigo: Fatores psicológicos podem levar a problemas de ereção

Em casos de uso recreativo

A quantidade consumida de álcool ou drogas recreativas podem influenciar na capacidade do homem de obter uma ereção satisfatória.

A fim de minimizar os potenciais riscos para a saúde associados ao consumo de álcool, é recomendado que os pacientes não consumam mais de 14 unidades ao longo de uma semana.

Além disso, o abuso prolongado de álcool pode danificar permanentemente as artérias que fornecem o abastecimento de sangue ao pênis.

Ingerir álcool ou drogas enquanto faz uso de Viagra, pode reduzir sua eficácia.

Quando existem dificuldades no relacionamento

Homem de meia idade sentado com as mãos na cabeça, preocupado

Lidar com a disfunção erétil em um relacionamento pode ser um assunto delicado. A pressão emocional da doença pode prejudicar o casal.

Atravessar momentos difíceis e estressantes no relacionamento pode causar reações físicas no corpo. Experiências negativas anteriores também podem atrapalhar, e, às vezes, lançar uma sombra diante de novos relacionamentos sexuais.

Nestes casos, o apoio psicológico através do aconselhamento ou terapia pode ser benéfico, uma vez que permite tratar a causa subjacente da disfunção erétil, em vez de apenas amenizar os sintomas.

Acredito que tenho Disfunção Erétil, o que devo fazer?

Inicialmente, é preciso procurar um profissional de confiança especializado no assunto, que esteja apto a determinar as origens e esclarecer os tratamentos da melhor maneira possível.

Para o paciente que está em sofrimento por conta dos problemas de ereção, é importante recomendar calma e esclarecer que muito pode ser feito para solucionar a situação.

Saiba mais sobre os tratamentos ou faça uma avaliação.