Ressecamento vaginal
Como o Ressecamento Vaginal pode afetar sua vida?
Saiba como reconhecer os sintomas e o que fazer para tratar
O ressecamento vaginal é um problema que incomoda muitas mulheres, podendo se manifestar através da dores e ardência durante o sexo.
A secura vaginal pode afetar mulheres de todas as idades em diferentes fases da vida, porém, é muito mais comum na menopausa e no pós-parto, chegando a afetar mais da metade das mulheres na faixa etária de 51 e 60 anos.
A principal razão para o ressecamento vaginal é a diminuição na produção do estrogênio pelo organismo. Tratamentos contra o câncer, como quimioterapia e radioterapia, também afetam a produção do estrogênio e impulsionam o ressecamento.
A falta de lubrificação vaginal pode gerar problemas na vida sexual e principalmente emocional.
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Como funciona a lubrificação vaginal e por que ela é importante?
A lubrificação natural da vagina é produzida por glândulas presentes no colo do útero e é responsável por manter a vagina macia e úmida. Essa umidade é levemente ácida, o que ajuda a manter a região saudável e previne o surgimento de infecções como a candidíase, por exemplo.
Antes do sexo, a excitação provoca uma série de reações fisiológicas no organismo feminino, que ajudam a preparar o corpo para a relação sexual. A atuação dos hormônios ocasiona a aceleração do coração, por exemplo, que intensifica o fluxo sanguíneo nas veias. Em resposta a esse processo, ocorre também um acúmulo de sangue nos órgãos genitais, seguido da chamada transudação: a passagem de gotículas de fluídos através das paredes dos vasos sanguíneos, que lubrificam a vagina.
Sem a lubrificação natural adequada, a penetração sexual não só é desagradável como pode ser perigosa, aumentando a incidência de traumas e de infecção do trato urinário.
Os principais incômodos desencadeados pelo ressecamento vaginal são coceira, queimação ou irritação na vagina, diminuição da elasticidade e dores durante as relações sexuais.
Sintomas do ressecamento vaginal no dia-a-dia
Além do sexo, o ressecamento vaginal não apenas causa dor durante o sexo, como também pode incomodar em situações ainda mais corriqueiras do dia a dia, como para sentar, ficar em pé, se exercitar, urinar ou até mesmo trabalhar.
A ausência de lubrificação vaginal pode afetar a vida cotidiana independentemente de as mulheres serem sexualmente ativas ou não, prejudicando a qualidade de vida.
Alterações no corrimento vaginal – muitas mulheres também descobrem que seu corrimento vaginal muda, ficando mais aguado, descolorido e levemente fedorento, e podem sofrer irritação e sensação de queimação. Esses sintomas podem ser preocupantes, mas são simplesmente devidos às alterações hormonais e não à indicação de algo mais sério.
Impacto emocional – a falta de lubrificação vaginal pode fazer com que as mulheres se sintam diferentes. Alterações no corpo podem ser difíceis de aceitar e a dor e o desconforto causados pela condição podem levar à perda da autoconfiança e do desejo sexual.
O que fazer?
Reconhecer que o ressecamento vaginal é o primeiro passo. O próximo é conversar com o médico ginecologista, que pode recomendar o tratamento mais adequado.
Como aliviar os sintomas:
- Evitar sabonetes perfumados
- Usar cremes para tratar a irritação da pele
- Lubrificantes e hidratantes vaginais podem ser úteis, principalmente para mulheres que não se adaptam a terapia de reposição hormonal
- Dedicar mais tempo a relação sexual e as preliminares, permitindo que o organismo produza a lubrificação necessária para a relação sexual
Opções de tratamento
É importante que as mulheres saibam que o ressecamento vaginal não é normal, e precisa de atenção para que não evolua para um quadro mais sério.
As opções de tratamento devem ser avaliadas pelo médico ginecologista, mas em geral, é muito comum a escolha de terapias de reposição hormonal. Estes repõem parte do hormônio em baixa no organismo. Isso ajuda a aliviar os sintomas vaginais, mas não gera os mesmos resultados que a terapia hormonal em pílulas.
Alguns dos possíveis tratamentos indicados pelos médicos pode ser:
Anel: O dispositivo macio e flexivo é inserido na vagina, onde libera um fluxo constante de estrogênio diretamente nos tecidos. O anel é substituído a cada 3 meses.
Comprimido: O medicamento é aplicado na vagina uma vez ao dia, durante as duas primeiras semanas de tratamento.
Creme: O creme vaginal deve ser aplicado diariamente por cerca de 1 a 2 semanas, reduzindo gradualmente a quantidade após esse período.
Por que investir na terapia sexual?
A prática de atividade sexual regular colabora com o aumento do fluxo de sangue para a vagina que promove a lubrificação e evita o ressecamento. No entanto, além do ressecamento vaginal a mulher também pode sofrer com outras disfunções sexuais.
Nesses casos, se a paciente também experimenta outras dificuldades associadas a prática sexual ou ao relacionamento, é importante procurar ajuda de terapias, como a sexual ou de casal.
A terapia pode ser uma opção para explorar o comportamento, vontades, medos e até mesmo a vergonha, além de abordar áreas da vida que causam infelicidade. Algumas situações como a necessidade em agradar as pessoas, priorizar mais as necessidades dos outros, baixa autoestima, timidez, identidade sexual e medo do abandono, podem ser abordadas para trazer conforto e entendimento ao paciente.
Procure saber mais sobre Terapia Sexual e aconselhamento para o casal pelo telefone: (31) 3097-1308
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