Preocupação com a frequência sexual

Por quanto tempo é normal ficar sem transar?

Veja por que você não deveria ficar obcecado com sua frequência sexual

Casal heterossexual deitado na cama com roupas ítimas

Com que frequência você e seu parceiro fazem sexo?

Essa é uma questão que surge frequentemente em conversas mais íntimas, nas quais se abordam temas como relacionamentos, inseguranças e etc.

Salva raríssimas exceções, a maioria das pessoas já se perguntou em algum momento: qual a quantidade ideal de sexo para um casal? E o que é sexo suficiente afinal?

Essas questões são intrinsecamente falhas, pois a frequência sexual de um casal não relacionada qualidade da relação. No entanto, a frequência sexual pode desempenhar um papel importante no relacionamento.

Intimamente, homens e mulheres admitem aquilo que poucos têm coragem de dizer até para o próprio parceiro: na maratona diária da vida de um casal, muitas vezes falta tempo ou ânimo para o sexo. Com jornadas de trabalho cada vez mais prolongadas, filhos para cuidar e compras no supermercado a fazer, a frequência do sexo no casamento tornou-se motivo de preocupação, culpa e cobranças em muitos lares.

Um levantamento da International Stress Management Association no Brasil (Isma-BR) em 2009 revelou que 19% dos entrevistados tiveram diminuição na libido por conta do estresse, cujos sintomas, afirma a presidente da Isma-BR, Ana Maria Rossi, não se devem a grandes tragédias, mas às pequenas atribulações do dia a dia. No meio das multitarefas de hoje, em que todos estão conectados o tempo todo, sexo nem sempre é prioridade, assim como ter uma boa alimentação ou as sonhadas oito horas de sono.

Então, com que frequência a maioria dos casais faz sexo? E o que isso significa para a qualidade do relacionamento e da satisfação?

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1 vez por semana

Corpos desnudos feminino e masculino

Em um estudo realizado com mais de 26.000 americanos, publicado nos Archives of Sexual Behavior, os participantes relataram fazer sexo 54 vezes por ano, com uma média de aproximadamente uma vez por semana. Esse resultado foi menor do que o apontado por um estudo anterior de 1990, em que a resposta média foi de 63 vezes.

A amostra incluiu participantes solteiros, namorando, casados ​​e coabitantes. Quando os autores analisaram especificamente os casais casados, a frequência sexual média foi ligeiramente inferior, com 51 encontros sexuais por ano, menos de uma vez por semana, em média.

 

Preciso transar 54 vezes por ano para ser feliz?

Um outro estudo, publicado no periódico Social Phychological & Personality Science, comprovou que casais que transam três vezes por semana são tão felizes quanto os que transam apenas uma vez na semana.

Para os estudiosos, não transar pode ser apenas um sintoma para um problema maior. Entretanto, se você faz sexo apenas uma vez por mês e está feliz com isso, não há motivos para se preocupar.

Transar diversas vezes não significa que estamos tendo satisfação máxima. É preferível ter relações sexuais prazerosas uma vez ao mês, do que ter sexo frequentemente sem sentir-se contente.

 

O que está acontecendo?

Jovem casal feliz sorrindo e se beijando

As pessoas não estão necessariamente transando menos, mas investindo menos no sexo. Às vezes, transam mais por obrigação do que por prazer: “Ah, faz duas semanas que não transamos, temos de transar”.  Não se trata apenas de transar o suficiente, mas de investir no casal.

Passam pelo divã de terapeutas sexuais tanto dilemas de quem transa mais por obrigação, por medo de ser traído ou de perder o parceiro, quanto queixas de quem vê sua mulher ou seu marido cada vez mais distante na cama. Embora os homens se sintam menos à vontade para negar sexo alegando cansaço, esta situação já não é mais novidade nos consultórios – nem nos lares. Mas, ao fim da primeira década dos anos 2000, esse ainda é um assunto sobre o qual poucos falam abertamente.

 

O que fazer para melhorar a relação?

Jovem casal heterossexual feliz, acariciando-se embaixo do edredon

O maior desafio para os casais é conciliar as demandas da vida contemporânea, cada um reage ao seu modo. Se há quem prefira virar para o lado e dormir, também há os que jamais percam o pique para o sexo ou mesmo encarem a transa como a melhor forma de relaxar depois de um dia extenuante. Muito mais do que as comparações com médias nacionais e com o quanto os amigos dizem transar, o descompasso dentro do casal é que faz da frequência sexual um problema que pode gerar afastamento e ressentimentos.

Se um dos parceiros está trabalhando demais, sem disposição para o sexo, é importante o parceiro sinalizar esse mal-estar, mostrar que o outro está passando do limite no trabalho e que ele está se sentindo abandonado. Essa também é uma forma de demonstrar o amor entre o casal.

Não importa qual seja o motivo que ocasionou a diminuição do desejo entre o casal, é importante procurar auxílio e não desistir. Todo relacionamento exige foco e dedicação.

Doutor Max é atualmente Médico no Hospital da Unimed e Hospital das Clínicas da UFMG, na Especialidade de Urologia.

É Membro Titular da Sociedade Brasileira de Urologia (TiSBU), além de ser filiado a Sociedade Latino-americana de Medicina Sexual (SLAMS) e a Sociedade Brasileira de Sexualidade Humana (SBRASH).

Procure saber mais sobre Terapia Sexual e aconselhamento para o casal pelo telefone: (31) 3097-1308

Para ter acesso a mais conteúdos sobre Sexologia e Urologia, acompanhe nas redes sociais: @doutormax

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