Como tratar anorgasmia?

53% das mulheres sofrem com anorgasmia

Como é possível tratar a disfunção e ter uma vida sexual satisfatória?

Anorgasmia é o termo médico para dificuldade intensa de atingir o orgasmo, mesmo após ampla estimulação sexual.

Os orgasmos variam em intensidade, assim como a frequência dos orgasmos femininos e a quantidade de estímulo necessária para desencadeá-lo. A maioria das mulheres precisa de estimulação direta ou indireta no clitóris e não chega ao clímax apenas com a penetração. Além disso, os orgasmos tendem a mudar com a idade, em decorrência de problemas de saúde ou medicamentos.

Se a mulher está feliz com sua vida sexual e não apresenta queixas, entende-se que não há necessidade de tratamento. No entanto, se a paciente estiver incomodada com a situação, é recomendado que procure ajuda de um médico especialista.

Leia também: 

– O que é Vaginismo e como tratar?

– Entendendo a Anorgasmia

– O que é e como reconhecer as Disfunções Sexuais Femininas?

 

Sintomas

O orgasmo causa uma sensação de intenso prazer físico e também provoca a liberação da tensão, relaxamento, acompanhado por contrações involuntárias e rítmicas dos músculos do assoalho pélvico. Mas nem sempre parece – ou soa – como nos filmes. A forma como um orgasmo se manifesta é diferente entre as mulheres e, cada uma pode senti-lo de maneira totalmente diferente da outra.

Por definição, o principal sintoma da disfunção orgásmica é a incapacidade de atingir o clímax sexual. Outros sintomas incluem ter orgasmos insatisfatórios e a demora acima do normal para atingir o clímax.

Já expliquei mais detalhadamente os fatores físicos e psicológicos que podem afetar o orgasmo feminino no post: Anorgasmia: Entenda a condição que dificulta o orgasmo.

 

Causas da anorgasmia

O orgasmo é uma reação complexa a vários fatores físicos, emocionais e psicológicos. Dificuldades em qualquer uma dessas áreas pode afetar sua capacidade de orgasmo.

Uma ampla variedade de doenças, alterações físicas, uso de álcool, tabaco e determinados medicamentos podem interferir no orgasmo feminino e impactar a vida da mulher. Segundo um levantamento pernambucano, 53% das mulheres no Brasil podem sofrer com a anorgasmia.

Além disso, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Projeto de Sexualidade da Universidade de São Paulo:

  • 62% das mulheres brasileiras fingem orgasmo, ou seja, 6 em cada 10 mulheres
  • 28% delas nunca ou raramente tem orgasmo
  • 40% não costumam se tocar
  • 19% nunca se tocaram

 

Diagnóstico da anorgasmia

Uma avaliação médica para anorgasmia geralmente consiste em:

– Análise do histórico médico completo: O médico pode perguntar sobre o histórico sexual, cirurgias anteriores e sobre o atual relacionamento da paciente. É importante que a mulher se sinta à vontade, para responder de forma sincera as perguntas e não se sinta constrangida.

– Exame físico: O médico provavelmente realizará um exame físico geral para procurar possíveis causas físicas da anorgasmia, como uma condição médica. O especialista também pode examinar a área genital para ver se há alguma razão física ou anatômica que justifique a dificuldade em atingir o orgasmo.

 

Como tratar a anorgasmia?

O tratamento para a anorgasmia pode variar conforme os agentes causadores.  Conforme o diagnóstico, é possível que a paciente precise:

  • Tratar quaisquer condições médicas subjacentes
  • Mudar medicamentos antidepressivos
  • Realizar sessões de terapia cognitivo-comportamental (TCC) ou terapia sexual
  • Aumentar a estimulação do clitóris durante a masturbação e a relação sexual

Terapia de casal é outra opção de tratamento muito conhecida. Um sexólogo ou psicólogo pode ajudar o casal a lidar com possíveis divergências ou conflitos que influenciem negativamente a vida sexual. Além de ajudar os parceiros a se comunicarem sexualmente, a terapia ainda pode ser extremamente útil para o relacionamento, aproximando o casal.

 

Como lidar emocionalmente com a anorgasmia?

A incapacidade de atingir o orgasmo pode ser frustrante e pode ter um impacto muito grande no relacionamento. No entanto, é importante que a paciente compreenda que é possível alcançar uma vida sexual prazerosa através do tratamento adequado.

Vale a pena ressaltar que essa uma condição que afeta muitas mulheres no mundo todo, em diferentes épocas da vida e, por isso, a paciente não está sozinha.

Parte da terapia individual ou de casais se concentra em como a paciente observa sua relação sexual. Encontrar-se com um terapeuta pode ajudar a mulher e seu parceiro (a) a aprender mais sobre as necessidades e desejos sexuais de cada um.

O terapeuta também aborda possíveis problemas ou agentes estressores no relacionamento, que durante o dia-a-dia pode contribuir para a anorgasmia. Resolver essas causas subjacentes pode ajudar a mulher a chegar ao orgasmo no futuro.

Ao invés do orgasmo, o especialista pode ajudar o casal a focar sua atenção no prazer dos toques e na intimidade compartilhada, permitindo assim, que o casal se sinta mais confiante e fique mais à vontade durante a relação.  Dessa forma, ambos os parceiros ficam relaxados e mais propensos a chegarem ao clímax.

A terapia também pode ser uma opção para explorar o comportamento, vontades, medos e até mesmo a vergonha, além de abordar áreas da vida que causam infelicidade. Algumas situações como a necessidade em agradar as pessoas, priorizar mais as necessidades dos outros, baixa autoestima, timidez, identidade sexual e medo do abandono, podem ser abordadas para trazer conforto e entendimento ao paciente.

Procure saber mais sobre Terapia Sexual e aconselhamento para o casal pelo telefone: (31) 3097-1308

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