O que é Vaginismo?

Entenda o que é Vaginismo e como enfrentá-lo

Saiba quais são os fatores que contribuem para desenvolvimento da condição

Dr. Max Urologista e Sexólogo, em sua mesa, com as mãos tocando receitas e explicando sobre Vaginismo

Vaginismo é uma condição que envolve espasmos musculares nos músculos do assoalho pélvico, tornando doloroso, difícil ou impossível manter relações sexuais com penetração, fazer um exame ginecológico ou inserir um absorvente íntimo.

Quando uma mulher acometida pela condição tenta inserir algo, como um absorvente, o pênis ou espéculo na vagina, ela se fecha devido a uma contração involuntária dos músculos do assoalho pélvico.

Isso leva a espasmos musculares generalizados, dor e interrupção temporária da respiração.

O grupo muscular mais comumente afetado é o grupo muscular pubococcígeo (PC). Estes músculos são responsáveis ​​pela micção, relações sexuais, orgasmos, movimentos intestinais e o parto.Sem o correto tratamento, o Vaginismo pode levar à frustração e angústia.

 

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Alguns fatos sobre o Vaginismo:

  • Existem diferentes formas de vaginismo e os sintomas variam entre as pacientes.
  • A dor pode variar de leve a grave e pode causar sensações diferentes.
  • O vaginismo pode resultar de fatores emocionais, clínicos ou ambos.
  • O tratamento que envolve exercícios físicos e emocionais, geralmente é eficaz.

Tipos de Vaginismo

Jovem mulher em pé com as mãos sobre o quadril

Existem diferentes tipos de Vaginismo que podem afetar mulheres em diferentes idades.

Vaginismo primário

Nesses casos, a condição se manifesta através da dor limitante que esteve presente durante toda a vida da paciente. Possivelmente, a mulher nunca conseguiu fazer uso de absorventes íntimos ou passar por exames ginecológicos.

Muitas vezes, a condição é evidenciada durante a primeira tentativa de penetração vaginal. Neste momento, o parceiro pode descrever a sensação de penetrá-la como a de “bater numa parede”.

Pode haver dor, espasmos musculares generalizados e a mulher pode tentar segurar a respiração. Os sintomas imediatamente cessam assim que as tentativas de penetração são interrompidas.  

Vaginismo Secundário

Nessa condição, a mulher nem sempre sentiu dor ou desconforto com toques na região vaginal. Na maioria dos casos, as pacientes já vivenciaram uma vida sexual normal.

O Vaginismo Secundário pode se manifestar em qualquer fase da vida.  Geralmente decorre de um evento específico, como a menopausa, uma infecção, cirurgia, parto, ou um acontecimento traumático.

Mesmo depois do tratamento de qualquer condição médica subjacente, a dor pode continuar se o corpo a tiver incorporado como uma resposta ao toque.

Vaginismo situacional

Ocorre apenas em determinadas situações, como por exemplo durante o sexo, mas não durante exames ginecológicos.

 

Sintomas do Vaginismo

Jovem mulher em sua cama, triste com as mãos sobre o rosto

Os sintomas podem variar conforme a paciente. Eles podem incluir:

  • Relação sexual dolorosa (dispareunia), com sensação de aperto e dor semelhante a queimação ou ardência.
  • Penetração difícil ou impossível.
  • Dor sexual a longo prazo, com ou sem causa conhecida.
  • Dor ao tentar utilizar absorventes íntimos.
  • Dor durante exame ginecológico.
  • Espasmo muscular generalizado ou interrupção da respiração durante uma tentativa de relação sexual.

A dor pode variar de leve a grave, numa sensação de leve desconforto à queimação.

O vaginismo não impede que as mulheres fiquem sexualmente excitadas, mas pode deixá-las ansiosas sobre o curso das relações sexuais, de modo que passam a evitar o sexo ou a penetração vaginal. 

 

Causas do Vaginismo

Vaginismo é uma condição que decorre de estresse físico, emocional ou ambos. Pode se tornar uma reação antecipada ao evento, ou seja, ocorre devido ao que a paciente espera sentir durante o toque.

Gatilhos emocionais

Medo de sentir dor ou engravidar durante a relação sexual;

Ansiedade sobre a performance ou sentir-se culpado pelo ato;

Problemas no relacionamento, como parceiro abusivo ou sentir-se vulnerável;

Experiências traumáticas, como histórico de abuso sexual;

Experiências de infância, como a exposição a imagens sexuais ou representações de sexo.

Gatilhos físicos

Infecções, como por fungos ou do trato urinário, por exemplo;

Condições de saúde, como câncer ou líquen escleroso;

Parto;

Menopausa;

Cirurgia na região pélvica;

Ausência de preliminares;

Lubrificação vaginal insuficiente;

Efeitos colaterais medicamentosos.

É importante lembrar que as disfunções sexuais podem afetar ambos os sexos, homens e mulheres, e podem se desenvolver devido a muitos fatores. Portanto, os pacientes não devem culpar-se ou sentir-se envergonhados.

Na grande maioria dos casos, o tratamento adequado pode ajudar a solucionar a situação.

 

Tratamentos para o Vaginismo

Jovem mulher asiática deitada no chão com o quadril elevado, fazendo exercício para a região pélvica

O diagnóstico de Vaginismo é realizado a partir do histórico médico e do exame aprofundado da região pélvica. O tratamento pode envolver diferentes especialistas corfome forem identificadas as causas do problema – numa ação multidisciplinar.

No caso de causas adjacentes, como infecções por exemplo, é necessário que inicialmente seja realizado seu diagnóstico e ação terapeutica, e posteriomente seja abordada a condição de vaginismo.

O objetivo do tratamento será reduzir a pressão automática dos músculos e o medo da dor, e lidar com qualquer outro tipo de receio que possa estar relacionado ao problema.

 

O tratamento geralmente inclui uma combinação de:

Exercícios pélvicos: Exercícios de contração e relaxamento dos músculos, ou exercícios de Kegel, para melhorar o controle dos músculos do assoalho pélvico.

Educação e aconselhamento: Estimular a paciente a conhecer melhor seu próprio corpo, sua anatomia e seu ciclo de excitação pode ajudá-la a compreender sua dor e os processos naturais de seu corpo.

Exercícios emocionais: Essa abordagem pode ajudar a paciente a identificar, expressar e resolver os fatores emocionais que estão contribuindo para o Vaginismo.

Redução da sensibilidade para pentração: Encorajar a mulher a tocar a região diariamente, de forma cada vez mais próxima a abertura vaginal, sem sentir dor. Quando ela se aproximar o bastante, deve ser estimulada a tocar e abrir os lábios vaginais, progredindo lentamente para penetração.

Treinamento de penetração ou dilatação: Uma vez que a mulher consiga tocar a região sem sentir dor, ela pode aprender a usar um dilatador. A paciente deve inserí-lo na entrada vaginal e, se não estiver dolorido, pode deixá-lo por 10 a 15 minutos, para que os músculos de adaptem a pressão. A medida em que a paciente se acostuma, ela pode utilizar um dilatador maior e, depois, ensinar seu parceiro a aplicá-lo.

Quando a paciente se sentir confortável com a ação, ela pode permitir que o parceiro aproxime o pênis da vagina, sem forçar a penetração. Quando ela estiver completamente confortável, o casal pode tentar  de forma gradual a penetração.

O tempo de tratamento para o Vaginismo depende da evolução individual de cada paciente. Raramente são necessárias cirurgias para tratar a condição.

 

Terapia Sexual

Ao perceber a existência de sintomas do Vaginismo, é preciso procurar ajuda profissional, como a do Terapeuta Sexual e Sexólogo, para encontrar o melhor tratamento para a condição.

Além disso, a comunicação entre o casal é fundamental para que ambos se sentam seguros e confiantes em aproveitar a relação sexual ao máximo.

Terapia Sexual auxilia o casal a desfrutar de maior intimidade na cama, proporcionando uma conversa mais natural e sem julgamentos sobre o sexo.

Entre em contato e saiba mais sobre a Terapia Sexual: (31) 3097 1308 ou pelo site www.doutormax.com.br

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