Consequências do uso recreativo de remédios para ereção

Estudos apontam que remédios para ereção utilizados sem necessidade por homens saudáveis, podem apresentar riscos sérios à saúde.

Tem aumentado a porcentagem de homens que fazem uso abusivo de medicamentos para ereção, mesmo sem apresentarem quadro clínico que justifique o uso de tais medicações.

Os problemas de ereção masculina consistem basicamente na dificuldade de ter ou manter uma ereção com qualidade suficiente para uma atividade sexual.

Muitos homens passam a utilizar esses fármacos por conta própria, sem orientação, o que pode acarretar riscos a médio e longo prazo.

Alguns utilizam em função de uma necessidade performática, para demonstrar grande desempenho sexual diante de suas parceiras, o que pode ser prejudicial.

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Segundo o Conselho Federal de Psicologia, o uso recreativo de medicamentos para ereção é fruto de problemas de autoestima e tem se tornado um comportamento sintomático da sociedade, pois ilusoriamente acredita-se que com uso destas medicações, os medos e inseguranças masculinas se dissiparão, o que não é verdade.

A utilização indevida destes remédios expõe homens clinicamente saudáveis à dependência psicológica e acaba reafirmando padrões socialmente impostos, nos quais prepondera a ideia da virilidade masculina.

Quais são os fármacos mais consumidos para ereção?

Existem diversos tipos de fármacos disponíveis no mercado, e muitos deles, são adquiridos sem prescrição médica adequada.

Os nomes variam desde os mais famosos como Viagra e Cialis, até outros fármacos como Vardenafila (Levitra®) e Tadalafila (Cialis®) – alguns vendidos livremente na internet.

O grupo de drogas denominadas de inibidores da fosfodiesterase- 5 (PDE-5), que incluem o Viagra, Cialis, Levitra, entre outros, promovem a vasodilatação e consequentemente o aumento do fluxo sanguíneo na região, facilitando o processo de ereção.

Para que um paciente possa fazer uso deste tipo de medicação, é necessária uma avaliação médica que examine a existência de fatores biológicos ou psicológicos que possam ser responsáveis pela disfunção. Dessa forma, a causa do distúrbio pode ser identificada e o correto tratamento pode ser aplicado.

Pesquisas apontam que 90% dos medicamentos para ereção que estão disponíveis para livre consumo dos homens, não auxiliam a resolução do problema sem o diagnóstico apropriado, pois suas funções são apenas paliativas.

Funcionamento dos medicamentos para ereção

Para que uma ereção ocorra de forma espontânea e natural o cérebro é uma das vias fundamentais, pois sem ele a ereção não acontece.

O cérebro torna-se importante no processo, uma vez que possibilita o estímulo através da medula espinhal, atingindo os nervos responsáveis por robustecer o pênis.

O órgão peniano possui uma anatomia vascular com um corpo cavernoso de cada lado. Esses corpos cavernosos funcionam como esponjas, possibilitando a ereção quando seus vasos dilatam e recebem maior fluxo sanguíneo.

Essa ação dos corpos cavernosos depende da liberação de um mediador químico, o óxido nítrico, que é responsável pela ação nas paredes dos vasos provocando vasodilatação e facilitando a entrada de sangue.

Atualmente existem dois grupos de medicamentos que podem auxiliar os homens para um bom funcionamento de suas ereções quando estes são acometidos por disfunções eréteis:

  1. O primeiro grupo age nos receptores do sistema nervoso central que fica encarregado de mandar estímulos para o pênis.

  2. O segundo grupo de medicamentos age diretamente nos vasos dos corpos cavernosos assegurando uma vasodilatação mais eficaz.

Efeitos colaterais

Os medicamentos utilizados para auxiliar a ereção, promovem a dilatação dos vasos sanguíneos presentes na região do pênis. No entanto, o uso inadequado desses medicamentos, pode acarretar em inúmeros problemas de saúde.

Os principais efeitos colaterais do uso recreativo desses medicamentos costumam ser transitórios e de leve intensidade, mas podem acarretar sérios prejuízos a médio e longo prazo, como:

  • Sensação de queimação e ruborização dos seios da face.

  • Dores nas costas

  • Cefaleia

  • Congestão nasal

Além dos agravos à saúde, o consumo inadequado e sem necessidade dos medicamentos para disfunção erétil pode causar outro mal: a dependência psicológica.

O uso constante da medicação pode contribuir para o abalo da autoconfiança masculina, e consequentemente, o homem poderá deixar de conseguir uma atividade sexual normal a partir de uma ereção espontânea. Ou seja, o indivíduo passa a estabelecer um vínculo emocional com a medicação que serve como zona de segurança.

Cabe lembrar que qualquer medicamento, quando utilizado em excesso e sem acompanhamento médico, pode provocar dependência.

Logo, quando o homem passa a consumir este tipo de medicamento de forma arbitrária, apenas com o objetivo de ampliar a performance, pode desencadear uma sequência de efeitos danosos ao funcionamento natural do corpo, e inclusive, dependência emocional.

Consulta médica

O uso destes medicamentos deve ser realizado apenas com recomendação médica, pois é através de uma consulta com um especialista que pode ser definido a melhor forma para tratamento da disfunção erétil, adequado às necessidades do paciente e principalmente para que sejam identificados fatores de risco, prevenindo possíveis complicações.

Já falei sobre origens da Disfunção Erétil nesse artigo.

Para saber mais sobre isso ou receber aconselhamento médico, agende sua avaliação.