Entendendo o orgasmo feminino

O orgasmo feminino: o que as mulheres desejam?

Aprenda como os orgasmos funcionam e como alcança-los!

As expectativas sociais em torno do orgasmo feminino podem ser particularmente angustiantes para as mulheres que não o conhecem. E quando cenas de sexo presentes em filmes se mesclam com a realidade, a diferença entre expectativa e a realidade pode frustrar.

Mas como saber o que se deve ou não fazer para chegar ao orgasmo? Para responder isso listei alguns dados abaixo:

 

Pornografia x orgasmo feminino

Léa J. Séguin – pesquisadora do Departamento de Sexologia da Universidade de Québec em Montreal, Canadá – examinou como o orgasmo feminino é representado na pornografia convencional.

Entre os 50 vídeos mais populares analisados no estudo, apenas 18,3% das mulheres atingiram o orgasmo, e a estimulação do clitóris ou vulva apareceu apenas em 25% deles.

Outra contraposição fica explicita em uma pesquisa recente: 53% dos homens e 25% das mulheres nos Estados Unidos disseram ter assistido pornografia no ano passado.

Além da inexistência do orgasmo feminino na indústria pornográfica, a forma como ele é retratada não corresponde às descobertas da pesquisa, sendo que a pornografia convencional promove e perpetua muitas expectativas irreais em relação ao orgasmo.

Deixando de lado o estigma das expectativas sociais e o mundo de fantasia da pornografia, o que a ciência nos diz sobre o orgasmo feminino? Qual o papel do clitóris e, o mais importante, o que as mulheres desejam quando se trata de alcançar a tão sonhada satisfação sexual?

 

O lado científico do orgasmo feminino

Dados de uma pesquisa realizada em 2015, mostram que apenas 6% sempre chegaram ao clímax sexual durante relação com penetração, 40% quase sempre, 38% raramente, e 14% das mulheres com menos de 35 anos nunca tiveram um orgasmo.

Desde 1999, o número de mulheres que sempre ou quase sempre chegam ao orgasmo durante a relação sexual caiu de 56% para 46%.

Afim de esclarecer o que contribui e o que prejudica o êxito feminino, o professor e sexólogo Osmo Kontula buscou conhecer mais.

 

A receita para o orgasmo

Segundo o professor, “os segredos para alcançar orgasmos femininos estão mais frequentemente localizados na mente e no relacionamento das envolvidas”.

“Esses fatores e habilidade”, ele expõe, “incluem o quão importante o orgasmo é para a mulher; qual é o seu desejo sexual; como está sua autoestima sexual; e quão aberta é sua comunicação sexual com o parceiro”.

A autoestima sexual está relacionada as habilidades sexuais que as mulheres acreditam ter, ou seja, quão boas elas se consideram na cama. Outros fatores positivos da habilidade orgástica foi a capacidade de se concentrar no momento (mindfulness); liberdade para iniciar o contato sexual e um bom entrosamento com o parceiro.

Os motivos que impedem as participantes de chegar ao ápice sexual geralmente são a fadiga, estresse e a dificuldade de concentração.

 

Estimulação do clitóris e o orgasmo

O debate sobre o papel do clitóris nos orgasmos femininos permanece em polvorosa. Muito disso se deve as diferentes perspectivas sobre qual o papel do clitóris no orgasmo.

Debby Herbenick – do Centro de Promoção da Saúde Sexual da Universidade de Indiana, em Bloomington – e colegas descobriram que 36,6% das mulheres precisavam do estímulo do clitóris para atingir o orgasmo durante a relação sexual.

Enquanto isso, 36% das mulheres disseram que não precisavam de estimulação do clitóris, mas que fazê-lo melhora sua experiência, e 18,4% das mulheres disseram que a penetração vaginal era suficiente.

Herbenick deu um passo adiante em seu estudo e perguntou às mulheres sobre o tipo de estimulação do clitóris que elas preferiam, independentemente de ser necessário ou não para o orgasmo.

Dois terços das mulheres preferiam a estimulação direta do clitóris, e os movimentos mais populares eram para cima e para baixo, forma circular e para os lados. Cerca de 1 em cada 10 mulheres preferia uma pressão firme e contínua, enquanto que a maioria preferia um toque de leve a médio em sua vulva.

Claramente, não existe uma resposta única para o orgasmo feminino. A diversidade das preferências sexuais ajuda a explicar as diferentes opiniões.

 

O que as mulheres querem?

Como parte da pesquisa da professora Herbenick, 1.046 mulheres e 975 homens de todo o país receberam uma lista de comportamentos e práticas sexuais comuns durante o sexo, e foram perguntados se gostavam “muito”, “um pouco” ou “não gostavam”.

As 10 coisas que as mulheres mais gostaram foram:

  • penetração vaginal – 69,9%
  • abraçar com mais frequência – 62,8 por cento
  • beijar durante o sexo – 49,3%
  • dizer coisas doces e românticas durante o sexo – 46,6%
  • dar ou receber uma massagem antes do sexo – 45,9%
  • fazer sexo gentilmente – 45,4%
  • receber sexo oral – 43,3%
  • assistir a um filme romântico – 41,9%
  • fazer o quarto parecer mais romântico – 41,3%
  • vestir lingerie ou lingerie sexy – 41,2%

Além disso, 40,4% das mulheres disseram gostar muito da ideia de fazer sexo com mais frequência.

Mas é importante compreender que nenhuma categoria foi considerada “ruim”. Por exemplo, embora o estudo tenha constatado que a maioria das mulheres não gostava tanto quanto os homens de assistir vídeos ou DVDs sexualmente eróticos, 11,4% delas o fizeram.

Outro exemplo dessa diferença aconteceu em relação as relações anais (incluindo sexo anal, brinquedos anais e dedilhado anal) mais excitantes para os homens do que para as mulheres. O mesmo aconteceu com o sexo oral, streap tease ou ver o parceiro se masturbar.

Então, qual é o segredo para ajustar as diferenças sexuais de um casal?

 

Comunicação é a chave da questão

Pode parecer uma solução óbvia, mas, ao examinar a pesquisa sobre comportamento sexual e satisfação sexual, a questão da comunicação surge várias vezes.

Quer se trate de desejos sexuais, preferências ou problemas, aqueles que podem conversar abertamente com o parceiro relatam mais orgasmos e são mais sexualmente ativos.

O sexo está fortemente ligado à sensação de felicidade. Estar à vontade com as preferências sexuais e ter um parceiro que compartilhe e valorize a questão são os principais ingredientes para o sucesso da vida sexual de um casal.

Se o casal está com dificuldade para se entender na cama ou começar uma conversa sobre sexo, conversar com um terapeuta sexual pode ser extremamente útil.

Casais que apostam na terapia sexual contam com uma taxa de satisfação muito alta, que chega a surpreender os parceiros em sua intimidade.

Se você acha que a terapia sexual pode trazer benefícios para você, por que não fazer uma consulta inicial?

Ter e ser um parceiro confiável é um presente inestimável para a relação.

Leia mais sobre: 5 razões para apostar na terapia sexual

Para marcar uma consulta, ligue para (31) 3097-1308 ou entre em contato pelo e-mail: contatodrmax@gmail.com

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