Manter a paixão no relacionamento

Como manter a paixão do começo no relacionamento a longo prazo

Saiba porque muitos casais se queixam da rotina e o que fazer para reacender o desejo

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É muito comum e popularmente falado que após alguns anos de convivência, o casal já não tem mais aquele desejo e uma relação calorosa do começo.

Para manter o casamento firme e cheio de paixão cada parceiro deve usar e abusar da criatividade, para não deixar que suas atividades pessoais e profissionais comprometam o andamento da vida a dois.

Ao contrário do que se pensa, a rotina não é, exclusivamente, a principal responsável pelo resfriamento da relação. A intimidade afetiva também pode alterar o erotismo do casal.

Muitas vezes, os fatores que contribuem para uma intimidade plena podem atrapalhar o sexo. Não é incomum que o aumento da intimidade afetiva acompanhe a diminuição do desejo sexual, resultando em casais que se amam muito mas fazem pouco sexo.

 

Previsibilidade é inimiga do desejo sexual

A imagem pode conter um homem e uma mulher aparentemente chateados, em pé, enquanto comem

Quando os parceiros já sabem exatamente do que outro gosta e como vai reagir a determinadas situações, a chance de o casal cair na acomodação a longo prazo é grande. A manutenção dos mesmos hábitos e ações impede a satisfação de novidades e mudanças.

Além disso, a intimidade sentimental em excesso pode deteriorar o diálogo. Um passa a ficar com medo de dizer o que pensa para o outro, com medo de magoar, e acaba usando a comunicação apenas para fazer cobranças e recriminações. A situação torna-se tão desconfortável, que o casal, em especial o homem, procura fugir dessas “conversas”.

Apesar de muito esperada, a chegada dos filhos, às vezes, também atrapalha o desejo sexual do casal. O comprometimento com essa nova etapa da vida pode exigir muito dos parceiros.

Não existe um manual para ajudar o casal a resgatar a paixão. Uma relação de sucesso implica numa desconstrução, de mitos e tabus de cada indivíduo.

 

Menos sexo não significa menos amor

A imagem pode conter um homem e uma mulher abraçados e sorrindo

Muitas pessoas se preocupam com a chegada das 1, 2, 3 décadas de casamento, com medo da relação esfriar e o relacionamento se tornar morno.

No entanto, um estudo recente da Universidade de Stony Brook, em Nova York (EUA), mostra que é possível continuar apaixonado por toda a vida. “Quando a paixão amadurece, ela vira amor romântico, com a mesma intensidade, comprometimento e interesse sexual do início. A diferença é que esse sentimento está livre do elemento obsessão, característico da fase inicial do romance”, revela Bianca Acevedo, principal autora da pesquisa.

O estudo realizou exames de ressonância magnética em homens e mulheres que declararam ainda estar apaixonados pelos parceiros mesmo depois de 20 anos de casamento.

Os resultados mostraram que, diante de fotografias exibidas de seus cônjuges, as reações químicas dos casados foram idênticas às de casais recém-apaixonados.

“O amor romântico está diretamente ligado à satisfação no relacionamento, bem-estar e autoestima“, explica Bianca. Esses casais aprenderam a construir um amor duradouro e recompensador.

É possível ter um relacionamento assim seguindo algumas dicas, como:

 

Priorizar o papel de amantes: 

Abrir mão do lado crítico e não poupar elogios ao parceiro. Comentários positivos não só despertam o desejo sexual como fazem o outro se sentir admirado. Isso não quer dizer relevar erros e comportamentos ruins, mas ser mais tolerante. Dar maior atenção ao que o parceiro fez corretamente em vez de criticá-lo por uma gafe.

Uma conversa equilibrada, em que ambos se escutam, é fundamental para a relação não se amarrar em mágoas.

 

Apesar da vida não ser mais a mesma de quando o relacionamento começou, o casal não pode se esquecer de que são amantes. Por isso, pequenas mudanças na rotina são bem-vindas, como uma noite para jantar fora, namorar e ir ao cinema.  É preciso resgatar aquilo que foi responsável pelo início da paixão.

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Manter a briga limpa: 

Se o casal vive entre brigas e beijos, é válido ressaltar que o importante é como se discute e não quantas vezes. Enquanto as brigas forem honestas, sem troca de acusações, ofensas ou agressão física, é possível cultivar a sensação de que se joga no mesmo time, e não um contra o outro.

Os relacionamentos saudáveis procuram chegar a um consenso, e não provar quem tem razão, por isso, as discussões não podem ser um desabafo de mágoas, e devem estar pautadas em questões objetivas e, principalmente, atuais.

Se a briga começar a esquentar, ambos deve tentar relaxar, dar um tempo e retomar a conversa apenas quando estiverem calmos e dispostos a resolver.

Compartilhar “pecadinhos”: 

Uma pesquisa da Universidade Estadual de Nova York descobriu que casais que se espelham um no outro quando se trata de maus hábitos, como beber ou fumar, permanecem juntos por mais tempo. Atenção: não se trata de compactuar com vícios e comportamentos nocivos, mas curtir os mesmos prazeres “proibidos”, como devorar uma pizza sem culpa ou dormir até tarde no domingo, fortalece o vínculo.

Afinal, ninguém quer ser controlado o tempo todo. O casal precisa se sentir parceiro.

 

Batalhar por ideais comuns:

Atividades emocionantes estimulam a cumplicidade do casal. Estar comprometido numa conquista, como a compra de uma casa, uma viagem bacana ou até mesmo uma aula de dança, é um fator importante para a construção de um amor duradouro, pois ambos sabem que podem contar um com o outro.

 

Ser gentil:

A imagem pode conter duas mulheres sorrindo enquanto se beijam

No dia a dia, atitudes afetuosas despertam o que há de melhor nas pessoas, estimulam a troca de agrados e unem o casal. Um bom exemplo de gentileza com o parceiro pode ser um beijo carinhoso de bom dia.

Pequenos cuidados fazem com que o outro se sinta amparado, satisfeito e respeitado na relação.

Sempre que os parceiros estiverem conversando, ambos devem demostrar atenção. Essa pode ser uma atitude poderosa, capaz de manter vivo o amor romântico. E nunca se esquecer do “por favor” e “obrigado”.

 

Fazer sexo sem vergonha:

Para sentir prazer basta estar livre de preconceitos e disposto a se redescobrir.

O casal não deve fechar as portas para maneiras inovadoras de mostrar o que deseja. Ousar, e até cometer algumas loucurinhas entre quatro paredes, desperta a vontade do parceiro, estimula a produção de hormônios que geram excitação e deixa o relacionamento mais íntimo. Por isso, são válidos: lançar mão de brinquedinhos eróticos, lingeries, fantasias sensuais, e tudo mais que for interessante.

A imagem pode conter um homem e uma mulher, sorrindo e abraçados na cama

Além das dicas acima, existem diversas opções de tratamentos e acompanhamentos para reacender o desejo do casal, mas eles devem ser prescritos pelo médico especialista a partir de uma conversa aberta e uma avaliação completa.

Não importa qual seja o motivo que ocasionou a diminuição do desejo entre o casal, é importante procurar auxílio e não desistir. Todo relacionamento exige foco e dedicação.

Doutor Max é atualmente Médico no Hospital da Unimed e Hospital das Clínicas da UFMG, na Especialidade de Urologia.

É Membro Titular da Sociedade Brasileira de Urologia (TiSBU), além de ser filiado a Sociedade Latino-americana de Medicina Sexual (SLAMS) e a Sociedade Brasileira de Sexualidade Humana (SBRASH).

Procure saber mais sobre Terapia Sexual e aconselhamento para o casal pelo telefone: (31) 3097-1308

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