O que é e o que causa a queda da Testosterona?

Conheça fatores que provocam o Hipogonadismo e como tratá-lo

Testosterona, um hormônio produzido nos testículos dos homens, é responsável pela definição das características tipicamente masculinas, como a gravidade da voz, pelos faciais, musculatura e vigor sexual.

O público masculino precisa de níveis estáveis de testosterona para ter uma vida fisicamente e psicologicamente saudável. No entanto, a quantidade deste hormônio diminui naturalmente com a idade, estima-se que em geral, 12% a cada década de vida, a partir dos 40 – 50 anos, e 2% ao ano em homens entre 30 e 40 anos.

Alguns estudos apontam que, na faixa dos 40 aos 70 anos, a queda é de 0,8 % ao ano.

Existem vários termos usados para se referir a queda na produção de testosterona. O termo andropausa não é correto porque os homens não param de produzir testosterona, ao contrário das mulheres na menopausa, que param de produzir estrogênios.

Segundo o Portal da Urologia, o termo mais utilizado é DAEM: Distúrbios Androgênicos do Envelhecimento Masculino, que se refere a um conjunto de sintomas decorrentes da diminuição da concentração de hormônios que pode ocorrer no homem idoso.

Entre os sinais estão: diminuição da qualidade das ereções e o surgimento da disfunção erétil, queda na libido, alterações do orgasmo, ejaculação retardada, diminuição da força e massa muscular, fadiga, sonolência, irritabilidade, aumento da gordura visceral, etc.

Embora a maioria dos hormônios sofra alterações com o processo de envelhecimento masculino, alguns como estradiol, cortisol/corticosteroides e a di-hidrotestosterona, não apresentam qualquer oscilação.

Dentre os hormônios que sofrem alterações com o envelhecimento, deve-se enfatizar a diminuição das frações isoladas de testosterona livre e total.

Esta diminuição gradual não deve causar problemas de saúde, mas certas doenças, tratamentos ou lesões, podem causar níveis hormonais abaixo do normal, como fator genético, tabagismo, obesidade e alcoolismo.

A queda nos níveis de testosterona é chamada de hipogonadismo, e estima-se que sua ocorrência afete 5 em cada 1 .000 homens, de acordo com dados publicados pelo NHS, o sistema de saúde pública britânico.

 

O que causa a queda dos níveis hormonais?

A testosterona é um hormônio produzido nos testículos cuja regulação é responsável pela glândula pituitária e pelo hipotálamo. Desta forma, qualquer tipo de enfermidade que afete essas regiões do corpo podem causar Hipogonadismo.

As consequências do baixo nível de testosterona podem ser:

  • Perda de massa óssea e consequente aumento das chances de ter fraturas

  • Aumento de massa de gordura no corpo

  • Diminuição da massa muscular e perda de força

  • Diminuição da libido

  • Problemas de fertilidade

  • Cansaço

  • Comprometimento das funções cognitivas

  • Resistência à insulina e risco de obter diabetes

  • Depressão.

Além disso, o envelhecimento masculino pode impulsionar o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, o que contribui para a redução progressiva na concentração sérica dos hormônios sexuais masculinos.

 

O hipogonadismo masculino pode ser classificado em 4 formas:

  1. Formas primárias, causadas por insuficiência testicular;

  2. Formas secundárias, causadas por disfunções hipotalâmicas-hipofisárias;

  3. Hipogonadismo de início tardio;

  4. Hipogonadismo devido à insensibilidade dos receptores androgênicos.

Suas causas podem variar de síndromes como Klinefelter e Kallmann, até fatores como doenças sistêmicas, abuso de esteroides anabolizantes, obesidade e tratamentos radioterápicos.

 

Diagnóstico

Quando o hipogonadismo surge na infância não é difícil reconhecê-lo, uma vez que os meninos passam a não sofrer as alterações naturais do período da puberdade.

Mas, quando ocorre na vida adulta, o reconhecimento pode ser problemático, porque geralmente os sintomas costumam ser vagos e o paciente pode associar a outros problemas de saúde.

Apesar da falência da função testicular, características como distribuição da barba, massa muscular e desenvolvimento dos genitais, são mantidas por muito tempo, o que dificulta ainda mais um diagnóstico preciso.

Um grupo de estudiosos canadenses desenvolveu uma espécie de questionário para auxiliar no diagnóstico do problema. Nesse questionário o paciente deve responder a:

  1. Você notou diminuição do desejo sexual?

  2. Você notou diminuição da energia?

  3. Você notou diminuição da força muscular e/ou da resistência física?

  4. Você perdeu peso?

  5. Você perdeu a alegria de viver?

  6. Você vive triste e desanimado?

  7. Sua ereção está menos consistente?

  8. Tem sido mais difícil manter a ereção durante o ato sexual?

  9. Você adormece depois do jantar?

  10. Sua performance no trabalho deteriorou recentemente?

Se for obtida uma resposta positiva dos itens 1 a 7, ou três respostas positivas em relação aos demais itens, isso sugere um caso de hipogonadismo, embora não obrigatoriamente.

Para confirmar o diagnóstico, é preciso avaliar os níveis sanguíneos de testosterona. Aqueles resultados que forem abaixo de 200 ng/dL são considerados confirmatórios.

 

Tratamentos

Para tratar problemas decorrentes da queda dos níveis de testosterona, um médico especialista deve ser consultado. Também deve ocorrer o acompanhamento periódico do caso, com análises frequentes dos níveis hormonais.

Cabe destacar que uma alimentação adequada contribui para o equilíbrio hormonal, além de que, auxilia na manutenção de uma boa qualidade de vida.

Esse cuidado com a alimentação requer afastar-se de alimentos e produtos que possam alterar os níveis de testosterona, tais como os alimentos industrializados, processados, e também embutidos.

A terapia de reposição de testosterona (TRT) é segura e efetiva e os agentes estão disponíveis nas apresentações orais, injeções intramusculares, adesivos e géis transdérmicos.

Em pacientes com hipogonadismo secundário, antiestrogênios, estimulação hormonal com HCG e FSH ou GnRH podem restabelecer a produção de testosterona.

Agora que você já conhece o Hipogonadismo – Queda da testosterona no organismo, bem como as diferentes situações em que pode se manifestar e os índices que podem ajudar a determinar a condição, é importante que ao notar algum dos sintomas acima, você procure a ajuda de um médico urologista capacitado no tratamento da queda da produção de testosterona no organismo.

É importante não se intimidar ou se envergonhar do problema, e decidir pela ajuda imediata para evitar o agravamento da situação.

Para marcar uma consulta e ser avaliado adequadamente, ligue para o telefone:

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