Como o orgasmo mexe com o organismo

O doutor Max fala sobre os benefícios e as dificuldades de sentir prazer

Hoje, 31 de julho, é comemorado o Dia do Orgasmo. Essa palavra vem do grego “orgasmós”, que significa “ferver de ardor”. Em outros termos é uma sensação de prazer e satisfação intensa, que dura poucos segundos e mexe com todo o organismo. Além de fazer o coração bater mais forte, relaxar o corpo e deixar a mente mais feliz, o cérebro, os músculos e a respiração sofrem uma verdadeira revolução.

No cérebro, a liberação da endorfina (hormônio da felicidade) e a adrenalina vão promover a sensação de bem-estar. As contrações na região da próstata no caso dos homens para liberar o esperma, e na vagina, coxas, nádegas e abdômen, nas mulheres, seguidos de um intenso relaxamento, podem aliviar tensões musculares.

Além disso, a respiração fica mais profunda durante o sexo porque o pulmão precisa trabalhar mais para garantir energia aos músculos de todo o corpo. E pesquisam apontam que o orgasmo pode melhorar o sono, a pele, o cabelo, fortalecer a imunidade e promover longevidade. Nas mulheres, a oxitocina (hormônio do amor) ainda provoca uma necessidade de afeto e aconchego, durante a relação sexual.

“O orgasmo proporciona uma série de reações e sensações físicas e psicológicas nas pessoas. Contribui, por exemplo, para melhorar a autoestima, diminuir o estresse, aumentar a vaidade, a felicidade e para ter mais qualidade de vida,” destaca o sexólogo Maxmillan Alkimim Dutra.

Segundo ele, quando alguém está de bem consigo mesmo, e com o parceiro, e se conhece, essa pessoa é mais feliz e pode atingir o orgasmo com mais facilidade. “A intimidade entre o casal, a ligação emocional, o conhecimento em relação ao outro e a comunicação entre eles são fatores importantes quando se trata de sentir e proporcionar prazer. São facilitadores para se chegar ao orgasmo,” ressalta o doutor Max.

Embora o orgasmo seja experimentado de forma diferente por cada pessoa, algumas nunca o sentiram ou vão sentir um dia. De acordo com a Pesquisa Mosaico 2.0, conduzida pela psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Projeto

Sexualidade (ProSex) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, seis em cada dez mulheres brasileiras fingem ou já fingiram ter um orgasmo. Em Belo Horizonte, 51% das entrevistadas afirmaram não atingir orgasmo.

“O fato das mulheres não conhecerem o próprio corpo, não relaxarem ou não se comunicarem muito com os parceiros, dizendo, por exemplo, o que gostam ou não, ou mesmo, por pensaram em outras coisas, se distraírem durante a relação, podem explicar esses números”, comenta Maxmillan.

O transtorno do orgasmo também acontece com os homens. Em alguns casos, eles conseguem manter a ereção e a relação sexual, mas têm dificuldades de sentir prazer. “Estresse, ansiedade e depressão são doenças que afetam todo o organismo, e podem, inclusive, atrapalhar o orgasmo masculino. Assim como a ingestão de bebidas alcoólicas, remédios e outros fatores”, finaliza o sexólogo.

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