Quais são as etapas de diagnóstico e tratamento da Disfunção Erétil?
Conheça o processo de diagnóstico da Disfunção Erétil.
O problema da disfunção erétil é mais comum do que se imagina, e acomete até 6 milhões de brasileiros, segundo os dados da Sociedade Brasileira de Urologia. Dentre eles, 95% demoram em média, até 3 anos e meio para procurar ajuda profissional.
O homem em geral, sofre com uma grande inibição em procurar um médico para tratar dessas questões. E quando procuram, os aspectos são distintos:
Muitos se queixam da baixa qualidade da performance sexual que se manifesta em situações pontuais, remetendo a origem do problema a questões emocionais.
Por exemplo, um paciente se queixa do baixo aproveitamento sexual, e quando questionado sobre a última relação responde: “foi recente e ótima”.
No entanto, há outros casos em que mesmo com comprometimento emocional ao ato sexual, o pênis não chega corresponder ao estímulo, o que sugere uma complicação de origem orgânica.
Normalmente nesses casos, apesar dos inúmeros insucessos, os pacientes permanecem tentando.
Além disso, alguns pacientes chegam ao consultório relatando desistência. O esgotamento das tentativas se deve as recorrentes “falhas” que fazem com que a última relação sexual satisfatória tenha sido realizada há muito tempo.
Essas situações são bastante complexas, e requerem uma análise profunda e minuciosa de fatores externos (orgânicos) e internos (psicológicos).
De modo geral, os homens decidem procurar auxílio médico a partir da insistência da parceira (o), que muitas vezes passa a se responsabilizar pela situação: ter se tornado menos atraente e sedutora ao longo do tempo, ou por conta da existência de um envolvimento extraconjugal.
As origens do problema de disfunção erétil podem ser diversas, desde estresse, desregulação hormonal, até doenças crônicas como o diabetes, por exemplo. Já mencionei esses e outros fatores nesse artigo.
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Fatores psicológicos podem levar a problemas de ereção
Muitos pacientes imaginam que a disfunção erétil se caracteriza apenas pelo fato de que o pênis não fica “duro”. Isso é um equívoco, pois existem muitas maneiras em que a impotência pode se manifestar:
1. Insuficiência em obter e manter a ereção
É um sintoma clássico da disfunção erétil, caracterizado muitas vezes, pela ausência de ereção apesar dos inúmeros estímulos presentes.
Ou também, pode se apresentar pela incapacidade de manter o pênis ereto, ou seja, os estímulos sexuais chegam a provocar uma ereção que em poucos minutos desaparece.
2. Demora para conseguir uma ereção
Quando a ereção suficiente para uma relação sexual satisfatória leva muito tempo para acontecer, inclusive por conta da posição sexual.
3. Ereção pequena ou incompleta
Nesses casos, o órgão parece estar “estagnado” durante o processo de se estabelecer ereto.
Isso quando o mecanismo de ereção atua, porém, sem volume sanguíneo suficiente para eu o pênis permaneça completamente rígido.
4. Ausência de ereções espontâneas
As conhecidas ereções noturnas ou pela manhã são chamadas de ereções espontâneas. Elas são fundamentais para preservar os corpos cavernosos e o mecanismo de ereção, ocorrendo durante as fases de sono REM.
Normalmente, o pênis pode ficar ereto em até 20% do tempo durante o sono, o que significa um bom funcionamento do corpo e da saúde sexual masculina.
Outros sintomas:
Embora não façam parte do quadro clínico, outros sintomas também podem estar relacionados a disfunção, como:
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Curvatura acentuada do pênis
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Redução dos pelos corporais
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Atrofia ou ausência dos testículos
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Crises de ansiedade
Diagnóstico:
Ao notar a persistência do problema durante o decorrer de várias relações sexuais, o próprio paciente já é capaz de identificar o problema.
Mas antes de partir para qualquer tratamento, é importante que o indivíduo procure por auxílio médico, afinal, muitos fatores podem influenciar no desempenho sexual, e cada um exige uma abordagem diferente.
O auxílio profissional deve ser preferencialmente realizado pelo médico urologista, especializado no tratamento de problemas relacionados ao trato urinário de homens e mulheres, e da região genital masculina.
Durante a consulta, o médico avaliará aspectos da vida sexual e da saúde em geral do paciente, para identificar fatores de risco e distúrbios subjacentes.
Além disso, pode ser necessário uma avaliação física do pênis afim de identificar lesões ou sintomas de enfermidades, como a doença de Peyronie, hipogonadismo ou hiperprolactinemia, por exemplo.
O médico também pode sugerir o questionário que mensura o Índice Internacional de Função Erétil (IIFE), muito utilizado no diagnóstico.
Nesse questionário, as questões envolvem a frequência e a qualidade das ereções baseado num sistema de pontuações. Dessa forma, é possível fazer até 25 pontos. Pontuação abaixo de 21 pontos, pode ser um indicativo de Disfunção Erétil.
Responda ao questionário e descubra sua pontuação aqui.
Avaliação psicológica
A partir da conversa e do diagnóstico realizado pelo médico, é possível suspeitar que a disfunção erétil seja derivada de um problema psicológico/emocional.
Dessa forma, é necessária uma avaliação psicológica realizada em conjunto com um psiquiatra ou psicólogo.
Outros exames
Exames adicionais como os que envolvem a coleta de amostras de sangue e urina, podem ser necessários para determinar possível alterações como colesterol alto, níveis de glicose e testosterona, entre outros.
Tratamento
A partir do diagnóstico das causas responsáveis pela disfunção erétil, é possível determinar o melhor tratamento para solucionar ou amenizar a incidência do problema, como:
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Mudanças no estilo de vida
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Psicoterapia e psiquiatria
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Medicamentos orais
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Bomba de vácuo (pouco utilizada)
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Injeção peniana
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Terapia intra-uretral
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Prótese peniana
Agora que você já conhece o processo de diagnóstico da Disfunção Erétil, bem como as diferentes situações em que ela pode se manifestar e os índices que podem ajudar a determiná-la, é importante que ao notar algum dos sintomas acima, você procure a ajuda de um médico urologista capacitado no tratamento disfunção erétil.
É importante não se intimidar ou se envergonhar do problema, e decidir pela ajuda imediata para evitar o agravamento da situação.
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