Previna-se! Sexo oral pode aumentar em 22 vezes as chances de câncer

Estudo da Universidade de Medicina Albert Einstein, em Nova York, concluiu que a doença é provocada pela transmissão do HPV

O sexo oral é uma das práticas mais prazerosas na cama para muitas mulheres, mas ele pode ser perigoso e colocar em risco a saúde de quem o pratica. Esta é a conclusão de um estudo recente da Universidade de Medicina Albert Einstein, em Nova York.

Os pesquisadores verificaram que o HPV (Human Papiloma Virus) transmitido via oral aumenta em 22 vezes as chances de se desenvolver câncer no pescoço e na cabeça. O estudo, conduzido pelo médico Illir Agalliu e seus colegas, alerta ainda que até 2020 as doenças citadas podem substituir o câncer cervical como o principal tipo de câncer provocado pelo vírus.

A pesquisa, publicada na revista “JAMA Oncology”, reuniu amostras de saliva e informações médicas de cerca de 10 mil pessoas para chegar à conclusão, que surpreendeu muitos da medicina. Anteriormente, acreditava-se que o câncer de pescoço e cabeça era provocado pelo cigarro e pela bebida, mas devido ao aumento do número de casos em homens heterossexuais nos últimos 30 anos, os especialistas buscaram outra causa.

“O estudo é importante porque traz pela primeira vez evidências claras de que a detecção do HPV-16 na cavidade oral precedeu o diagnóstico do câncer de cabeça e pescoço”, afirmou Agalliu.

O ator Michael Douglas foi uma das vítimas do vírus. Em 2013 ele contou ao jornal “The Guardian” que o câncer na garganta que enfrentou foi provocado pela prática de sexo oral quando foi questionado se teria se arrependido de fumar e beber ao longo da vida. “Não. Porque, sem querer ser específico, este tipo de câncer é causado pelo HPV, que, na verdade, vem da [estimulação anal com a língua]”, afirmou na época. “É uma doença sexualmente transmissível que causa câncer”.

Embora a notícia seja alarmante, não é necessário abolir a prática de sexo oral, basta garantir prevenção com camisinha e buscar a vacina contra o HPV. Ela diminuiu em até 56% a transmissão em adolescentes no Reino Unido.

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